Nenhuma música com mais de quatro minutos, muitos gritinhos à lá Michael Jackson e um Maroon 5 reconhecível, mas, ainda assim, diferente dos outros dois álbuns anteriores: esse é o Hands All Over.
Álbum esperado há muito tempo por mim e por todos os fãs e com o lançamento marcado para 21 de setembro, foi vazado essa semana. Ruim para a banda, perfeito para satisfazer nossa ansiedade.
Como já disse antes, os carinhas mais uma vez conseguiram fazer algo diferente do que já haviam feito, mas sem perder a identidade. Ou então os ouvidos já se conformaram que não ouvirão mais nada igual o SAJ e estão abertos para novas sonoridades agora, sem preconceitos.
Vamos ao faixa-a-faixa:
Ainda não sei o que acho de Misery. Geralmente eu não consigo encaixar os primeiros singles dos álbuns que eu escuto com o resto do disco. Pelo fato dele ser lançado antes, eu nunca consigo enxergar o primeiro single e as outras músicas do mesmo jeito. Ao mesmo tempo que eu gosto de Misery e sempre me pego cantando, eu não ponho ela para tocar, não tenho vontade de ouvi-la, sabe? Gruda, mas enjoa.
Nota: 2
Give a Little More me lembra “Undisclosed Desires”, do Muse. A batidinha, acho. É algo meio que misturando Muse e Vampire Weekend. E de alguma forma também me lembrou “Chorando Se Foi”, hauahuha, acho que a melodia. Na primeira vez que ouvi o disco, fui escrevendo um brainstorm para fazer esse post, e, para essa música, cheguei anotar “If I Can’t Have You”, dos Bee Gees, mas não consigo mais ver nenhuma semelhança. Xi. Enrola um pouco a língua falar “Give a Little More”, é lecau. E olha a síndrome de Michael Jackson com o gritinho do final, hauhauha.
Nota: 3
Acho que o gritinho à lá Michael Jackson no final de Give a Little More é intencional para puxar Stutter, que lembra um pouco “The Way You Make Me Feel”. E é legal esperar o momento da música de fazer o “s-s-s-stutter”. E o “I really need to knoooow” fica na cabecinha, né. A bridge me lembra aquela musiquinha ridícula do final do pastelão “Super Herói 2”, na cena que aparecem todos os personagens cantando.
Nota: 3
Don’t Know Nothing é mistura de nada com nada. Tudo que é de fato aproveitável na música se encontra nos primeiros quinze segundos. Depois não inova muito não. Para mim é uma mix de “Spotlight (Twilight Remix)”, do Mute Math, com Xuxa. Os “uh, uh, uh, uh, uh” me passam uma idéia indiana, egípcia, sei lá.
Nota: 1
Sou suspeita para falar das lentas do Maroon, né. Never Gonna Leave This Bed é “Won’t Go Home Without You” parte dois, porque lembra muito (apesar de eu só ter percebido isso numa segunda ouvida). É algo que eu vejo saindo da boca da Taylor Swift. Vai dizer que não podia ser dela? Tem carinha de bside, daquelas que você ouve num dia de chuva, de fossa. E cantar o “take, take it all, take all that I have” é a coisa mais diliça desse álbum. É aquele momento no show que todos levantam seus isqueiros/celulares e cantam juntam com o Adam
Nota: 5
O que uma música da Joss Stone faz num álbum do Maroon 5? Vai dizer que I Can’t Lie não é a cara dela? E, claro, é uma música completamente Songs About Jane. Sonho com o dia que eles retornarão inteiramente ao estilo do SAJ. Enquanto isso não acontece, a gente se diverte com uma ou outra para relembrar os bons tempos. A bridgezinha de tecladinho é “Sunday Morning”, só que de leve, mais quieta. No meu brainstorming tá escrito Alanis, mas não consigo lembrar onde eu vi dedo de dona Morissette aqui, xi. E ainda tem um orgaozinho no fim, fofíssimo. Reggae-rock-pop feliz, adoro.
Nota: 5
Não sei se é porque eu tô viciadérrima em Glee, mas eu consigo ver o Will Schuester, personagem de Matthew Morrison, cantando Hands All Over na série. Me lembrou a cena dele “seduzindo” a Sue, cantando “Tell Me Something Good”. Encaixaria absurdamente ali. É meio The Police? Ou não? E dá vontade de tocar no Guitar Hero. É música que dá pra remexer o popozão, só no requebrado. Gosto disso, hauhauhaa.
Nota: 5
How é mais uma lentinha feliz. Me lembrou alguma música do próprio Maroon, mas ainda não identifiquei qual. Refrão gostoso. Poderia ser single. Nada inovador, nada que as pessoas vão ouvir e dizer “nooosa, que diferente.” É mais do mesmo. Mas é bom. Meio Kings of Leon. Ou não. Não gosto do final sumindo. A música evapora, não gosto disso.
Nota: 5
Get Back In My Life é super tendência, super engraçada. Sério, dá vontade de rir. Parece música de joguinho, sabe? Ou trilha-sonora de desenho, algo assim. Bem diferente. Tanto o instrumentalzinho engraçado quanto a vozinha do Adam. O refrão podia ser melhor quando observamos o nível dos versos. Algo de Gwen Stefani (?) Me gusta os graves da bridge, eles garantiram o 5 para a música, só pela criatividade.
Nota: 5
A mistura (não muito) perfeita entre Songs About Jane e It Won’t Be Soon Before Long. Lembra Glee. Lembra Michael Jackson. Repetitiva é a palavra certa para Just a Feeling. Não acrescenta muita coisa as nossas vidas, mas é boa para as mesmas ocasiões que Never Gonna Leave This Bed. Coloca as duas seguidas na playlist e seja feliz em seu momento depressivo, paradoxalmente falando.
Nota: 3
Runaway segue a linha de Hands All Over e Get Back In My Life, né, toda grave, toda dark. No início só, porque no refrão tudo fica colorido novamente. Refrão esse muito precipitado. Não gosto de música que corre no verso para chegar logo no chorus. Calma, pô. Acho que vou gostar mais dela quando tiver saco de prestar atenção na letra, que me parece boa.
Nota: 1
Out Of Goodbyes serve para dançar bolero até cansar, encaixa. É relax. É zen. É paz. Mas é aquela que te põe para ninar quando você não tá conseguindo dormir. É aquela que, quando você deita para ouvir música com seus fonezinhos nos ouvidos, te faz cair no sono. Mas cumpre a proposta. Ganha um 3 porque dá pra dançar.
Nota: 3
Amy Winehouse e “Mercy”, da Duffy, me vem à cabeça quanto eu ouço os “uh, uh” de Last Chance. Aquela coisa bem retro, bem 60s, bem “eu perguntava do you wanna dance, e te abraçava do you wanna dance”. Consigo ver o Travolta cantando/dançando isso numa musical. Claro, o Travolta de algumas década atrás.
Nota: 3
A bateria me conquistou, valeu a faixa toda para mim. É a música menos Maroon 5 já feita por eles. É algo meio One Republic com Timbaland, meio Evanescence, meio Muse (de novo). Enxerguei até guitarra de “Decode”, do Paramore, aí. E, de novo, parece a musiquinha ridícula do “Super Herói 2”. Tem alma de Coldplay. Resumindo: No Curtain Call é uma mistura do caramba. Outra que eu vou gostar mais quando vir a letra.
Nota: 4
Never Gonna Leave This Bed em sua versão acústica parece ser a demo que eles gravaram da música. Super parece. Não vou dar nota, porque é a mesma música, então, né.
Misery acústica é outra que parece ter sido assim originalmente. Acho que ela foi criada dessa forma e eles, ao perceberem que tava faltando animação e up-tempo no álbum, fizeram uma transformação nela. Gosto mais dela assim, mas gosto que a outra exista.
Quando ouvi If I Ain’t Got You pela primeira vez, logo vi que não era Maroon. Mas gostei. Pesquisando agora, vi que é da Alicia Keys. Poucas palavras: prefiro essa aqui. Só não dou nota por ser cover.
Provavelmente, algumas opiniões minhas quanto essas faixas ainda vão mudar muito. Assim que saiu o It’s Not Me, It’s You, da Lily Allen, eu não gostei da maioria das músicas. Hoje em dia, as que eu menos ouço são as que eu mais gostei na primeira ouvida. Vai entender!
Ainda tenho que ver as letras e ainda tenho que criar familiaridade com as musiquinhas. Aí, daqui a alguns meses, eu volto com as minhas opiniões definitivas sobre cada uma delas.
P.S.: Agora que reparei que a capa combinar absurdos com as cores do layout, hauhau. Ficou lindo!